Urrar um urro puro; um grito, uma fala que seja capaz de despejar “para fora de si” todo incômodo e desconforto, toda angústia e tensão. 

Mas será que apenas o ato de “colocar para fora”, em um “urro”, ou uma fala é suficiente para suportarmos, compreendermos e superarmos as nossas angústias? 

Penso que a relevância de expressar as próprias emoções vai além de apenas “descarrega-las para fora de nós”, mas de tornar possível o pensar sobre a nossa vivência emocional; de buscar representar aquilo que estamos sentindo, aquilo que nos está faltando e que pode nos ajudar a superar essa sensação de desprazer.

Assim, o grito que nos diz sobre nossas angústias não deve sair para um vazio, mas precisa encontrar um “abrigo”, uma escuta atenta, que nos ajude a representar e compreender a nossa experiência emocional. 

Em análise exercitamos a escuta atenta das nossas emoções; desenvolvemos a capacidade para a auto-reflexão; e encontramos ajuda para assimilarmos as nossas vivências e tolerarmos os nossos sentimentos.

Amanda Galvão - Psicóloga e Consultora
CRP - 06/87285
19 99652.0521